Para apreciadores, bebedores de um bom vinho, ou simplesmente, para quem curte belas paisagens, fica a dica para conhecer a cidade de Mendoza aos pés da cordilheira dos Andes. Para chegar lá existem duas opções, a primeira delas partindo de Santiago no Chile, e a segunda de Buenos Aires. Se a escolha for pela capital chilena, os mais de 390Km de estrada que cortam os Andes podem ser percorridos utilizando uma das inúmeras empresas de transporte rodoviário que operam nessa linha.
![Cordilheira dos Andes](http://www.qvinho.com.br/wp-content/uploads/2007/05/mendoza5.jpg)
O legal é fazer esse trajeto durante o dia, assim é possível apreciar a belíssima paisagem da cordilheira. Agora, se você preferir chegar em Mendoza de avião, a alternativa é partir do Brasil rumo à Buenos Aires, e de lá pegar um vôo doméstico da Aerolíneas Argentinas que parta do aeroparque. Ao chegarmos em Mendoza um vinhedo logo na entrada do aeroporto lembra que estamos na região que produz 70% da produção de uvas e vinhos da Argentina.
![Mendoza](http://www.qvinho.com.br/wp-content/uploads/2007/05/mendoza4.jpg)
O que mais chama a atenção na cidade de Mendoza é quantidade de praças, árvores e o moderno sistema de irrigação que deixa ainda mais verde a arborizada cidade. Na minha opinião uma das melhores maneiras de conhecer a região é alugar um carro, seja para conhecer as localidades na Ruta 7 (Uspallata, Los Penitentes, Punte del Inca e o Parque Nacional do Aconcágua), ou para visitar as vinícolas.
![Mendoza - Plaza Independencia](http://www.qvinho.com.br/wp-content/uploads/2007/05/mendoza1.jpg)
Para os mais acomodados existe a opção de contatar uma das operadoras locais de turismo que vendem pacotes com tours guiados nas bodegas incluindo degustação e almoço. Particularmente acho esses pacotes um pouco caros, além do que, dificilmente as visitas são realizadas nas bodegas mais renomadas. Para quem se aventurar por conta própria aqui vão algumas dicas: checar no website das vinícolas os dias e horários de visitação; mandar um e-mail ou telefonar agendando a visita; conseguir um mapa detalhado da região e, dependendo da bodega a ser visitada, sair com uma boa antecedência já que alguns contratempos relativos à localização são bem comuns. A maioria das visitas e degustações são gratuitas, mas não espere provar os vinhos mais tops, nesses casos existe a opção de pagar pela degustação de uma taça. Boa parte dos produtores possui uma área de varejo onde podem ser adquiridos os vinhos e alguns souvenirs. Porém, comprar muitos vinhos nas bodegas ou nas lojas da cidade não é algo muito vantajoso, já que em média, os preços são levemente superiores as boas enotecas de Buenos Aires. Se a idéia é comprar alguns rótulos mais rebuscados de vinícolas boutique, dirija-se a Av. Sarmiento e procure pelas wine shops Puracepa e La Bodeguita.
![Tunuyán - Ruta 89](http://www.qvinho.com.br/wp-content/uploads/2007/05/mendoza2.jpg)
Vale a pena visitar as regiões de Tupungato e Tunuyán para conhecer vinícolas como a Salentein, considerada uma das mais modernas da região, seus vinhedos estão a mais de 1.200mts de altitude. Para chegar lá pegue a Ruta 89 a partir de Tupungato, a vista da cordilheira ao fundo é fantástica. Alguns quilômetros à frente, na Ruta 94, encontramos a Lurton, e ainda no Valle do Uco, em La Consulta, estão as bodegas O. Fournier e Finca La Celia.
![Salentein - Tunuyán](http://www.qvinho.com.br/wp-content/uploads/2007/05/mendoza3.jpg)
Também é obrigatória a visita a Catena Zapata, localizada em Agrelo (para variar nenhuma placa ou sinalização que facilite a vida dos turistas mais desavisados). Outras bodegas interessantes são a Norton, Carlos Pulenta e La Rural (Família Ruttini) que possui um Museu do Vinho para visitação. Se bem que a Ruttini, uma das mais antigas e tradicionais vinícolas de Mendoza, hoje pertence ao Grupo Catena. Diga-se de passagem, a maioria das pequenas bodegas familiares estão sucumbindo diante do poder de investidores e grandes grupos internacionais. Joint-ventures com nome e sobrenome: Rothschild, Grupo LVMH, Sogrape, Lareunt Dassault, Lurton, Fournier, Paul Hobbs, Roberto Cipresso, Michel Roland… ![Catena Zapata - Luján de Cuyo](http://www.qvinho.com.br/wp-content/uploads/2007/05/catena.jpg)
![Catena Zapata - Luján de Cuyo](http://www.qvinho.com.br/wp-content/uploads/2007/05/catena.jpg)
Adorei a dica de viagem, pois adoro um vinho principalmente no inverno. Parabéns pelo blog.
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