segunda-feira, 13 de junho de 2011

Mendonza - o caminho do vinho

Para apreciadores, bebedores de um bom vinho, ou simplesmente, para quem curte belas paisagens, fica a dica para conhecer a cidade de Mendoza aos pés da cordilheira dos Andes. Para chegar lá existem duas opções, a primeira delas partindo de Santiago no Chile, e a segunda de Buenos Aires. Se a escolha for pela capital chilena, os mais de 390Km de estrada que cortam os Andes podem ser percorridos utilizando uma das inúmeras empresas de transporte rodoviário que operam nessa linha.
Cordilheira dos Andes
O legal é fazer esse trajeto durante o dia, assim é possível apreciar a belíssima paisagem da cordilheira. Agora, se você preferir chegar em Mendoza de avião, a alternativa é partir do Brasil rumo à Buenos Aires, e de lá pegar um vôo doméstico da Aerolíneas Argentinas que parta do aeroparque. Ao chegarmos em Mendoza um vinhedo logo na entrada do aeroporto lembra que estamos na região que produz 70% da produção de uvas e vinhos da Argentina.
Mendoza

O que mais chama a atenção na cidade de Mendoza é quantidade de praças, árvores e o moderno sistema de irrigação que deixa ainda mais verde a arborizada cidade. Na minha opinião uma das melhores maneiras de conhecer a região é alugar um carro, seja para conhecer as localidades na Ruta 7 (Uspallata, Los Penitentes, Punte del Inca e o Parque Nacional do Aconcágua), ou para visitar as vinícolas.
Mendoza - Plaza Independencia
Para os mais acomodados existe a opção de contatar uma das operadoras locais de turismo que vendem pacotes com tours guiados nas bodegas incluindo degustação e almoço. Particularmente acho esses pacotes um pouco caros, além do que, dificilmente as visitas são realizadas nas bodegas mais renomadas. Para quem se aventurar por conta própria aqui vão algumas dicas: checar no website das vinícolas os dias e horários de visitação; mandar um e-mail ou telefonar agendando a visita; conseguir um mapa detalhado da região e, dependendo da bodega a ser visitada, sair com uma boa antecedência já que alguns contratempos relativos à localização são bem comuns. A maioria das visitas e degustações são gratuitas, mas não espere provar os vinhos mais tops, nesses casos existe a opção de pagar pela degustação de uma taça. Boa parte dos produtores possui uma área de varejo onde podem ser adquiridos os vinhos e alguns souvenirs. Porém, comprar muitos vinhos nas bodegas ou nas lojas da cidade não é algo muito vantajoso, já que em média, os preços são levemente superiores as boas enotecas de Buenos Aires. Se a idéia é comprar alguns rótulos mais rebuscados de vinícolas boutique, dirija-se a Av. Sarmiento e procure pelas wine shops Puracepa e La Bodeguita.
Tunuyán - Ruta 89
Vale a pena visitar as regiões de Tupungato e Tunuyán para conhecer vinícolas como a Salentein, considerada uma das mais modernas da região, seus vinhedos estão a mais de 1.200mts de altitude. Para chegar lá pegue a Ruta 89 a partir de Tupungato, a vista da cordilheira ao fundo é fantástica. Alguns quilômetros à frente, na Ruta 94, encontramos a Lurton, e ainda no Valle do Uco, em La Consulta, estão as bodegas O. Fournier e Finca La Celia.
Salentein - Tunuyán
Também é obrigatória a visita a Catena Zapata, localizada em Agrelo (para variar nenhuma placa ou sinalização que facilite a vida dos turistas mais desavisados). Outras bodegas interessantes são a Norton, Carlos Pulenta e La Rural (Família Ruttini) que possui um Museu do Vinho para visitação. Se bem que a Ruttini, uma das mais antigas e tradicionais vinícolas de Mendoza, hoje pertence ao Grupo Catena. Diga-se de passagem, a maioria das pequenas bodegas familiares estão sucumbindo diante do poder de investidores e grandes grupos internacionais. Joint-ventures com nome e sobrenome: Rothschild, Grupo LVMH, Sogrape, Lareunt Dassault, Lurton, Fournier, Paul Hobbs, Roberto Cipresso, Michel Roland… Catena Zapata - Luján de Cuyo

Um comentário:

  1. Adorei a dica de viagem, pois adoro um vinho principalmente no inverno. Parabéns pelo blog.

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